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Confesso que tenho resistência à Torrontés. Não é uma uva que escolho habitualmente. Por vezes acho os vinhos cansativos e acabo optando por castas aromáticas de outras procedências.
Mas os vinhos tem esse poder quase que mandatório de nos surpreender. E este em especial, que recebi do pessoal da @enotecadecanterlondrina , foi um dos que cumpriu seu papel.
A Torrontés aqui passa por parcial fermentação e estágio (cerca de 6 meses) em carvalho francês, o que emoldura seus aromas de lichia, pêssego em camadas mais complexas que lembram ervas como tomilho e sálvia. Um “tempero” que lhe elevou a um grau de complexidade surpreendente.
Nascido nas zonas mais altas de cultivo da região, foi eleito o melhor Torrontés da Argentina pelo @guiadescorchados e tem a assinatura de Hervé Fabre, o Frances responsável por grandes capítulos do vinho argentino.
A harmonização foi com Tortelli de cabotiá com nozes.
Até a próxima taça, Keli Bergamo
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