Os vinhos de Santa Catarina tem me deixado surpresa a cada degustação e a Villagio Conti já tinha ganhado espaço aqui há algum tempo quando conheci a linha e me encantei pelo trabalho do Sr Humberto e família.
Hoje o foco é falar do laranja da vinícola, vinho que presta homenagem ao estilo renascido das práticas antigas de vinificação e que ganha espaço com os que querem provar algo diferente.
Já falamos sobre os laranjas por aqui e tem post explicando e recomendando alguns rótulos aqui, mas vale relembrar que o branco de maceração, laranja ou âmbar (como o mestre Josko Gravner, responsável pela retomada comercial deste estilo de vinho, gosta que seus rótulos sejam nominados) nada mais é que um rótulo elaborado com uvas brancas fermentadas com suas cascas e sementes, tal qual um tinto. Isso garante uma personalidade distinta dos brancos “normais”, com mais estrutura, taninos e nuances mais oxidativas do que o normal.
Pode parecer espantoso ao primeiro gole, especialmente porque essa pegada mais austera não é o que se espera de um vinho comercial. Mas os laranjas não são comerciais, são vinhos que gostam de gente curiosa e de harmonizações.
Aqui a combinação foi um risoto verde, que trouxe ao palco aromas e sabores mais frutados como damasco e pêssego. Um vinho muito interessante e num ótimo custo benefício para quem quer provar a categoria.
Outras combinações que gosto com estes vinhos são: peixes mais gordurosos (inclusive de água doce), pratos com nuances terrosas (trufas, cogumelos) e queijos com certo tempo de cura.
Os vinhos da Villagio Conti estão disponíveis na região de Londrina na @vyno.brasil .
Até a próxima taça, Keli Bergamo