Ainda não consigo entender como tem gente que torce o nariz para os vinhos rosés.
Eu mesma já tive minhas reservas com os rosés, ouvi falar que a cor dos tintos era retirada quimicamente e isso o tornava um suco com álcool, que era um vinho “brega”… Mas nada que uma boa pesquisada não me fizesse entendê-los e inclui-los em minha adega.
Os rosés são vinhos que exigem extremo cuidado em sua elaboração. Têm como berço a Provence, na França. E é de lá que eu recomendo seja a primeira garrafa degustada (caso ainda não o tenham feito) .
Ao contrário do que muitos acreditam, os rosés não possuem nada mais químico do que outros vinhos. Seu processo, aliás, é delicadíssimo. As uvas tintas são maceradas e permanecem pouco tempo em contato com as cascas. Pelo controle do enólogo é verificada a cor que se pretende para retirar as cascas e então se inicia a alquimia habitual e mágica dessa bebida divina.
Na França, além dos tradicionais da Provence, também encontramos deliciosos exemplares oriundos de Languedoc, Bordeaux e no Vale do Loire.
Para quem está muito habituado aos tintos e prefere algo de mais impacto, minha dica são os rosés da Itália, Espanha (um ótimo exemplar é o Prado Rey, da Decanter, que vai muito bem com uma paella) e Portugal, que tem rótulos com mais “pegada”. Tem mais facilidade para comprar argentinos e chilenos? Existem ótimos rótulos elaborados com malbec e cabernet sauvignon. Do Chile vale provar o Montes Cherub (importado pela Mistral), que além de delicioso tem um rótulo lindo.
No Brasil temos rosés de muito valor. O meu favorito vem de Santa Catarina: Estou falando do Villa Francioni, de São Joaquim. E só para constar, quem também se apaixonou por ele quando esteve no Brasil foi a diva Madonna.
Em geral, os rosés vão bem com peixes como salmão além de ostras, camarões, lagostas. Também podem ser bebidos sozinhos, apenas com uns queijinhos ou na praia e piscina, simplesmente apreciando o momento.
Até a próxima taça, Keli Bergamo.🍷