- Dê preferência aos vinhos jovens: Nem todo vinho fica melhor com o tempo. A verdade é que a maioria se beneficia do consumo imediato e quando se fala em vinhos de custo mais baixo,aumentamos ainda mais essa proporção. Isso porque um vinho que exige guarda também exige investimentos, o que aumenta seu custo total e não é o foco desse tipo de comércio. Assim, garrafas mais antigas estarão ali possivelmente porque “sobraram” e não porque representam a melhor opção.
- Verifique a exposição dessas garrafas: muita luz, natural ou artificial, fatalmente trará envelhecimento precoce ao vinho. Fuja das expostas em grandes vitrines.
- Dê uma conferida no rótulo: Uma boa equipe de compras e reposição de vinhos terá o mínimo de cuidados necessários para não danificar os rótulos, que são os cartões de visita de qualquer vinho. Rótulos sujos ou rasgados indicam armazenamento inadequado. Passe para a próxima prateleira.
- Em um mundo perfeito as garrafas com vedantes de cortiça deveriam ser armazenadas horizontalmente, mas não é o que vemos na maioria dos supermercados. O armazenamento vertical provocará o ressecamento da rolha e consequente oxidação mais rápida do vinho, diminuindo assim o seu tempo de vida. Mais um motivo para preferir safras jovens. Quando falamos em vinhos de tampa de rosca, no entanto, o armazenamento adequado é o vertical, modo como a maioria fica exposto, pelo que a recomendação é pela escolha deles nos supermercados. Tem dúvidas sobre a qualidade dos vinhos fechado com tampa de rosca? Então clique aqui.
- Com raras exceções, os vinhos de Novo Mundo (especialmente Chile e Argentina) são melhores opções quando falamos em compras nos supermercados. Isso porque os vinhos do Mercosul possuem vantagens de entrada no mercado brasileiro em relação aos vinhos europeus e podem ser de grande qualidade por um preço mais acessível. Acho difícil confiar em um francês da região de Bordeaux, por exemplo, que chega às nossas prateleiras por volta dos R$30,00.
- Observe a cor do líquido – e nos brancos isso é mais fácil: Se o branco estiver beirando os toques de laranja melhor esquecê-los. Nos tintos, uma olhadinha na lateral do gargalo dará uma ideia do tom. A cor muito marrom ou turva (lembrando que estamos falando de vinhos jovens) indica que está a um passo ou já virou vinagre.
- Tá procurando espumantes? Esqueça aquele italiano que te falaram que é chique e foque nos nacionais. A variedade é grande e o custo benefício inigualável.
E aí vocês me perguntam: Keli, você compra vinhos no supermercado?
Muuuuito! As vezes acerto e repito a compra e as vezes encontro vinhos muito simples e que viram ingrediente de um prato… O importante é que como o investimento em vinhos de supermercado é mais baixo, mesmo que o vinho não lhe agrade ou surpreenda você não terá um grande prejuízo.
Aproveitando, essa foi minha última aquisição em supermercados, mais precisamente na Rede Super Muffato: Santa Julia Rosado Syrah, Safra 2015: Um rosé argentino de R$35,90, estruturadinho, com aromas de tuti fruti e uma delicinha para aperitivos, pratos leves a base de carne branca ou massas. Foi recomendação da querida Stela, sommelier da rede.