Senta que lá vem a história…

Este distinto senhor é o Prof. Abraham Izak Perold (1880/1941), considerado o pai da Pinotage. Suas pesquisas acadêmicas pavimentaram o caminho para a criação da Pinotage. Em 1.906 o governo do Cabo, querendo estender a gama de uvas plantadas na região, enviou Perold em uma missão de reconhecimento de variedades de uvas pelo mundo.
Após seu retorno com 177 variedades (que até hoje fazem parte da Fazenda Experimental Welgevallen) ele se tornou o primeiro professor de Viticultura na Universidade de Stellenbosch e mais tarde tornou-se Reitor da Faculdade de Agricultura. Ele ingressou na KWV em 1927 e deu uma grande contribuição para a indústria do vinho durante seu tempo lá.
Em 1925, Perold cruzou com sucesso a Pinot Noir e a Cinsault, então conhecida como Hermitage (Pinot + Age). Outro pesquisador, CJ Theron, conseguiu resgatar e reproduzir as mudas originais, que eram apenas 4, e seguiu com o projeto.
Dezesseis anos depois, em 1.941, Charl Theron de Waal (conhecido como CT de Waal), produziu a 1a barrica de Pinotage em Stellenbosch. O nome apareceu em um rótulo de vinho pela primeira vez em 1961, o Lanzerac Pinotage 1959.
Pinotage hoje: Representa 7,4% das plantações de tintas na África do Sul.
• Produz vinho em uma ampla variedade de estilos, de frutados e despretensiosos aos mais austeros.
• O estilo “café pinotage” é popular entre os consumidores.
• ‘Cape Blends’ – deve conter pelo menos 30% de Pinotage (essa nomenclatura não é legislada).
• Grandes melhorias na viticultura e vinificação têm encorajado a disseminação de plantações de Pinotage no exterior, incluindo a Inglaterra.
• Em climas frios expressa-se com frutas vermelhas, couro e especiarias.
• Em climas quentes com amoras, alcaçuz e caças.
Pinotage é assim: tem quem ama e tem que odeie. Só provando pra ver qual seu lado da moeda.
Meu último Pinotage foi o Kanonkop 2010 (disponível na safra 2017 na @mistralvinhos ), um vinho que vale cada centavo.

Se tiver alguma dica de Pinotage bacana divida com a gente nos comentários. 🍷
Até a próxima taça, Keli Bergamo