Já que hoje é dia de Beaujolais Nouveau, vamos falar um pouco sobre ele e sobre a região:
O Beaujolais tinto é elaborado com a Gamay, conhecida por originar um vinho delicado e de baixa concentração tânica. Ocupa cerca de 99% dos vinhedos e o mísero percentual restante é ocupado por Aligoté, Chardonnay, Pinot Gris e Melon de Bourgogne.
Beaujolais Blanc e Rosé são quase desconhecidos fora da região.
Eles tem em comum serem sempre secos, macios ou ligeiramente tânicos, frescos e aromáticos.
Como uma forma de “modernizar ou jovializar” a região em uma época de pouco interesse pela mesma, iniciou-se a produção da categoria conhecida como Beaujolais Nouveau, nos quais as uvas inteiras são fermentadas pelo método de maceração carbônica, que dura de uma a duas semanas. Isso permite que o potencial aromático da uva gamay se desenvolva totalmente. O vinho vermelho rubi brilhante a azulado tem uma acidez relativamente elevada e um aroma frutado. Pode ser comercializado a partir da terceira quinta-feira de novembro (hoje, no caso!) e pode ser bebido jovem, nos próximos meses. A nova safra é lançada com um grande festival, com uma procissão de tochas, festa e dança. Todos os anos, 60 milhões de garrafas do vinho popular mundialmente são produzidas, 50% das quais são exportadas para 200 países.
Este vinho de produção rápida tem os seus apreciadores e merece respeito, pois impulsionou a região em uma época difícil.
Classificação:
Beaujolais: A denominação genérica está aberta a todos os viticultores, mas é usada principalmente na metade sul em cerca de 10.000 hectares de vinha.
Beaujolais Village: Cobre cerca de 5.000 hectares de vinhedos no norte. Um total de 38 municípios têm o direito de usar o nome após Beaujolais no rótulo, dos quais dez possuem o status cru. Se for uma mistura de duas ou mais comunas, deve-se usar “Beaujolais Village”.
Beaujolais Crus: Dez municípios na área norte têm status cru, mas ao contrário das outras denominações, isso se aplica exclusivamente aos vinhos tintos. Seus vinhedos cobrem cerca de 7.000 hectares. São eles: Brouilly, Chénas, Chirouble , Côte-de-Brouilly, Fleurie, Juliénas, Morgon, Moulin-à-Vent, Régnié e Saint- Amour.
Vale lembrar que os vinhos de Beaujolais são fáceis de harmonizar e perfeitos para peixes com um pouco de gordura.
Até a próxima taça, Keli Bergamo