Era uma vez uma uva bem assanhadinha que cruzou com a geral e deu à luz a várias outras filhinhas.
A mais famosa é, sem dúvida, a Cabernet Sauvignon, que ganhou muito mais notoriedade e acabou deixando a Franc como sua coadjuvante.
Mas a história não é bem essa…
Nascida em Bordeaux, onde compõe com as filhotas CS e Merlot a base do corte bordalês (representa a maioria dos vinhedos do mítico Cheval Blanc, inclusive) se destaca também no Loire (como não amar um bom Chinon? – tem dica de um delicioso da @delacroixvinhos ali pra baixo) e a cada vez mais cresce em número de rótulos varietais mostrando-se uma alternativa mais macia porém com tanta vibração quanto a CS.
Por mais que muitos já a associem aos argentinos (papel destacado pelos excelentes vinhos do figuraça @alevigilmalbec , que tem até o nome dela tatuada no braço), o Uruguai, em sua região mais próxima ao oceano tem mostrado bons exemplares (vide @bodegagarzon ) bem como o Brasil, especialmente em Pinto Bandeira, onde os vinhos são sinônimo de elegância (falei esses dias aqui sobre o da @vinicoladongiovanni e já recomendei também o da @vinicolavalmarino ). Ainda sobre Brasil, não dá pra esquecer do delicioso vinho feito pela @luizportovinhosfinos em MG.
Ah! Também no Friuli há ótimos rótulos que merecem atenção.
Enfim… Motivos não faltam pra amar essa 🍇 que Andrew Jefford chama acertadamente de “eminência”.
Ps. A imagem é da @winefolly
Até a próxima taça, Keli Bergamo