A Syrah (ou Shiraz) tem no norte do Vale do Rhone na França seu provável berço e lá origina vinhos especiais como das denominações de Côte Rôtie e Hermitage.

Disponível no Edega: www.edega.com.br

Disponível na Grand Cru: www.grandcru.com.br
Também produz excelentes vinhos no sul da França, no Douro (Portugal), no Chile (com rótulos surpreendentes em climas mais frios ) e na Austrália, onde origina diferentes estilos conforme a região de cultivo e vinhos de grande profundidade quando de uvas das poucas vinhas velhas preservadas do massivo e equivocado arranque indiscriminado do início da década de 80.

www.vinosmorande.cl
Um dos meus rótulos favoritos vindos da Austrália é o Schild Estate, da região de Barossa, com muita tipicidade e calor. Um rótulo perfeito para entender as nuances dessa casta em climas quentes.
Aliás, uma das características que melhor evidenciam a Syrah é a pimenta negra, que se origina da rotundona, um tipo de terpeno aromático que aumenta conforme o grau de amadurecimento e é facilmente detectável em vinhos dessa região.

Disponível na Decanter: www.decanter.com.br
E por último não há como esquecer do papel dessa casta no Vale do Rio São Francisco e de um rótulo que me deixou muito surpresa. O VSF é uma região muito jovem de produção de vinhos e vem buscando sua identidade, mas a Syrah tem dado bons resultados por ali e o Testardi prova a capacidade de grandes vinhos com a casta naquelas condições únicas de produção.

Disponível em www.miolo.com.br
Mas porque syrah ou shiraz? Os dois nomes são corretos, mas o primeiro é o jeito francês de chamá-la e o segundo como a denominam na Austrália. Aliás, a forma como vem escrita no rótulo é um indicativo do seu estilo. No Chile, por exemplo, há rótulos com as duas grafias e ambos os estilos dessa maravilhosa casta.
Até a próxima taça, Keli Bergamo