Continuando nossos papos sobre a syrah (ou shiraz)…
Esses dois rótulos foram degustados em conjunto na Quintas de Vinho exatamente para entendermos a diferença entre os estilos possíveis a essa uva.
A Syrah tem a capacidade de preservar suas características mais marcantes (como os aromas de pimenta negra, por exemplo) independente do terroir onde foi cultivada, mas ganha personalidades diferentes que a tornam deliciosiamenre multifacetada.
O primeiro vinho, La Violetta produzido por Jean Luc Colombo vem do Languedoc, sul da França. Predominam os aromas florais, um pouco de mineralidade e uma elegância que permite sua descoberta aos poucos, surpreendendo a cada gole. Custa R$93,50 na Decanter.
O segundo vinho Kilikannon Covenant, vem do sul da Australia, uma região não tão quente quanto Barossa mas que mesmo assim traz uma fruta bem madura e mostra uma shiraz mais envolvente, com aromas de chocolate, café, caramelo e um estilo mais corpudo é marcante. Custa. R$320,00 na Decanter.
Ambos incríveis e que ficaram ainda mais deliciosos harmonizados com steak au poivre.
Mas porque syrah ou shiraz? Os dois nomes são corretos, mas o primeiro é o jeito francês de chamá-la e o segundo como a denominam na Australia. Aliás, a forma como vem escrita no rótulo é um indicativo do seu estilo. No Chile, por exemplo, há rótulos com as duas grafias e ambos os estilos dessa maravilhosa casta.