Vinhos Libaneses

por Keli Bergamo
O Líbano é um dos países que produz vinhos há mais tempo. O vale do Bekaa já era citado na Bíblia como região produtora e sua indústria passou por um renascimento nas últimas décadas. Em 2011, cerca de seis milhões de garrafas de vinho libanês foram produzidas em 2.000 hectares de vinhedos. A vinicultura libanesa moderna mudou-se das antigas cidades portuárias fenícias e do interior para o fértil Vale do Bekaa.Há também uma expansão de vinhedos perto de Jezzine, alguns km além da extremidade sul do Bekaa, no interior de Sidon.
 
A maior parte do vinho libanês é exportado para o Reino Unido, França e EUA. Em 1998, havia menos de 10 vinícolas no Líbano; agora são mais cerca de 40. Os vinhos tintos representam a maior parte da produção. Há diversas castas em cultivo, dentre elas: as castas Cinsaut, Petit Verdot, Merlot, Cabernet Sauvignon, Carignan, Syrah, Mourvèdre, Grenache e Cabernet Franc. Entre as brancas destacam-se Sauvignon Blanc, Chardonnay, Muscat, Viognier, Sémillon, além das uvas de origem libanesa que são utilizadas na elaboração do destilado arak.
 
Aqui também as celebrações religiosas foram determinantes para a manutenção da cultura do vinho no país.
Como não muçulmanos que viviam em um estado muçulmano, os cristãos que viviam no Líbano possuiam o direito de fazer vinho para fins cerimoniais. Foi com base nisso que, em 1857, um grupo de padres jesuítas fundou uma vinícola em Ksara, uma pequena cidade no vale do Bekaa, o melhor terroir vinícola do Líbano.
 
O Chateau Ksara garantiu, com isso, seu próprio capítulo nahistória do vinho libanês.
 
Chateau Musar e Chateau Kefraya estão entre as outras propriedades vinícolas notáveis ​​e estabelecidas há muito tempo.
 
Os vinhedos originais em Ksara foram plantados com Cinsaut, ganhando reforço de variedades clássicas francesas. As primeiras vinhas foram trazidas da França através das colônias francesas na Argélia, e com elas também o estilo de vinificação francês. Aliado ao período do país sob domínio francês no início do século 20, tem-se também o porque das vinícolas do país serem chamadas de Châteaux.
 
A indústria do vinho também teve que lidar com um período turbulento de guerra civil de De 1975 a 1990 a indústria passou por um período turbulento devido a guerra civil.
 
Os esforços do enólogo Serge Hochar do Chateau Musar para manter a produção em meio à guerra o levaram ao reconhecimento pela Decanter Magazine em 1.984 como o homem do ano.
 
O vinho da foto: Chateau Ksara Cuvée du Pape, Chardonnay, 2007, foi um presente dos amigos Celita e Fabian.
 
No Brasil há bons vinhos do Líbano na Grand Cru, Mistral e Zahil.
 
Até a próxima taça, Keli Bergamo

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