Já há algum tempo que eu vinha querendo me aprofundar sobre a Carignan e o último encontro da Quintas de Vinhos foi uma boa oportunidade pra isso.
Logo que comecei os estudos me deparei com essas afirmações de Andrew Jefford: “Seus vinhos costumam ser escuros, pungentes, ácidos, ásperos. Por que me detenho nela? Por que, a exemplo das nuvens mais escuras de tempestade, tem um lado ensolarado de cuja existência poucos desconfiam.”
Acabei descobrindo que é uma uva caprichosa, que não tolera bem colheita mecânica e exige vinhas velhas para originar bons vinhos. Ou seja: estava sendo injustiçada quando diziam só dar origem a vinhos rústicos e por vezes difíceis demais.
A partir dai escolhi dois rótulos, ambos da Decanter, ambos de vinhas velhas, mas de regiões diferentes, um francês do Languedoc e um chileno do Maule:

O grupo que provou ficou dividido, pois isso recomendo a prova dos dois e então a escolha de seu estilo favorito de Carignan.
Até a próxima taça, Keli Bergamo