Sabia que você pode definir o estilo do vinho pelo método de cocção do prato?
Separei algumas dicas abaixo:
Alimentos fritos: Aqui é importante avaliar o tipo de gordura utilizada. Manteiga clarificada, azeite de oliva ou dendê imprimirão sabores diferentes ao prato e a harmonização deverá considerar suas intensidades para que saia perfeita. A crosta utilizada também importa. Um filé de frango na farinha de rosca é muito mais leve do que um que leve queijo parmesão, ervas e a própria farinha. A temperatura da gordura também interfere pois altera a untuosidade do prato. Basta pensar na diferença entre um frango confitado e um frango a passarinho. De um modo geral, e como meio de ‘limpar” as papilas com a gordura utilizada, espumantes de método tradicional são sempre boas opções.
Alimentos grelhados: O gosto e o aroma do tostado provocado pelo processo muitas vezes são bem mais marcantes que o sabor do próprio alimento. Os toques defumados pedem vinhos mais corpudos, amadeirados e com taninos macios. Quem disse que vegetarianos não conseguem harmonizar seus pratos com tinto? Ta aí a dica.
Alimentos cozidos a mijotê (uma técnica parecida com a pochê, mas em temperatura mais alta): Os vinhos mais indicados são os menos tânicos (pois a técnica diminui a untuosidade dos pratos) e não muito encorpados, já que os sabores (especialmente das carnes) são atenuados nesse processo.
Alimentos salteados: Saltear é cozer em calor seco. Preserva os sabores originais dos ingredientes e não interfere tanto na escolha dos vinhos, que poderão ser dos mais leves até os de corpo médio.
Alimentos cozidos a vapor: A maior característica dos alimentos cozidos a vapor é a delicadeza, pelo que os vinhos deverão acompanhar a mesma linha. Leves, frescos e delicados.
Alimentos assados: Seguem a mesma linha dos grelhados, lembrando que nesse tipo de cocção geralmente se preserva um pouco mais a maciez interna do ingrediente, pedindo vinhos menos robustos.
Alimentos guisados: Aqui o alimento pode inclusive ser cozido ou marinado no vinho. Vinhos maduros de bom corpo mas não muito tânicos caem bem.
Ou seja: o mesmo alimento pode sim ter combinações diferentes. Atentos a isso conseguimos tirar o melhor de nossas combinações.
Até a próxima taça, Keli Bergamo