Muitos coisas pra falar de um mesmo vinho… Vou começar pelo final:
– Há muito tempo ouvi que os vinhos brasileiros pareciam mais com os europeus do que com os sul americanos. Cada vez mais constato que isso faz sentido. Leva tempo muitas vezes, demanda boas referências do lado de cá (quem degusta e já provou de tudo um pouco tem mais facilidade ao se deparar com algo realmente interessante), mas tem muita coisa boa e que impressiona a bom preço e nas nossas mãos.
– Tem França aqui: a escolha do blend foi elegante, pontual. Um vinho de presença, mas muito macio, fácil de tomar, com taninos finos e toques de ervas aromáticas que mostram um princípio de evolução com uma ótima jovialidade.
– Tem Itália também: Os vinhos de Valpolicella que recebem as borras passificadas do Amarone para ganharem estrutura e profundidade aromática (Ripasso) inspiraram o uso da Merlot desidratada (que origina um vinho próprio da mesma linha) neste corte.
O vinho estagiou 24 meses em barrica e sabiamente ficou afinando por um bom tempo até sair para o mercado.
Custa menos do que eu pagaria por ele. Me surpreendeu.
Parabéns ao enólogo Edegar Scortegagna e a Luiz Argenta pelo trabalho.
Na região de Londrina tem na @vyno.brasil .
Até a próxima taça, Keli Bergamo