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O nome da denominação – Castelo Novo do Papa – nos transporta ao início do século 14, quando Avignon foi escolhida como a nova casa para a corte do Papa, que à época era Clemente V, cujo nome também figura no antigo e prestigioso Château Pape Clément em Graves.
Seu prestígio como produtora de vinho, no entanto, tem menos de um século, tendo mudado na década de 1920, quando o proprietário do Château Fortia, o Barão Le Roy, elaborou um conjunto de condições de produção de vinho focadas na qualidade. Este documento se tornou o precursor do famoso sistema de denominação da França.
À época, 13 variedades de uvas foram aprovadas para produção após o estabelecimento da denominação. Após uma revisão de 2009, passaram a 18 variedades. Seus vinhos brancos, que representam cerca de 6% da produção, são picantes, voluptuosos e intensamente perfumados. Estes são feitos de uma série de variedades comuns ao Sul da França como Grenache Blanc, Roussanne, Clairette e Bourboulenc e em menor proporção Grenache Gris, Picardin, Picpoul Blanc, Picpoul Gris.
Por lei não existem restrições quanto às proporções.
Sobre o produtor:
Famille Quiot é uma produtora de vinho francesa com várias propriedades vinícolas no sul da França e produz na região desde 1748, sendo profunda conhecedora do terroir e com Domaine Duclaux, produz vinhos poderosos, elegantes e estruturados como são as melhores expressões da AOC.
O vinho:
O Domaine Duclaux 2011 tem um estilo ainda mais próprio do que de seus pares pelo fato de que a vinificação da Grenache Blanc (o produtor não declara o uso de outras variedades nesta safra) fora realizada toda em madeira, método relativamente atípico na região. De cor dourada profunda, com aromas que remetem a cítricos amarelos e flores e muito corpo, mostrou-se o par perfeito para o arroz de polvo do @prosacozinhasecreta (em casa). Importado pelo @edega_vinhos , com safra um pouco mais recente disponível.
Até a próxima taça, Keli Bergamo
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