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Este rosé incrível nascido de vinhedos antigos deste produtor emblemático da Provence me encantou especialmente pela tonalidade linda de pêssego que abre espaço para uma bela complexidade. Um vinho a ser descoberto. Aliás, sobre os rosés, está análise visual – já de grande importância em todos os vinhos – ocupa um lugar ainda mais especial na degustação, visto que a sua gama de cores é muito variada.
Esta particularidade dos vinhos Rosé levou o Le Centre du Rosé a trabalhar muito nestas noções de cor e a produzir referências de cores, tanto visuais como semanticamente.
Esta cartela de cores do vinho Provence Rosé inclui 13 nomes para as 13 cores mais representativas do mundo Rosé: Areia, Madrepérola, Lichia, Pomelo, Framboesa, Pêssego, Salmão, Damasco, Manga, Coral, Groselha, Cereja, Granada.
Mas você sabe de onde nascem tangas possibilidades?
– Das variedades de uvas: A cor do vinho está freqüentemente relacionada com a cor e espessura da casca da uva. Assim, as variedades de uvas rosa (Clairette rose) ou cinzas (Grenache gris) geralmente dão vinhos Rosé muito claros, enquanto para outras (Syrah, Carignan ou Merlot, por exemplo) a configuração da cor é muito mais intensa. A casta influencia não só a intensidade da cor do vinho Rosé, mas também a sua tonalidade. Quanto mais ácida uma variedade, mais viva é sua cor, ou seja, predominantemente rosa claro e possivelmente reflexos azulados. As uvas menos ácidas dão vinhos Rosé com uma tonalidade amarelo alaranjado. Outros compostos podem influenciar a cor dos vinhos rosés. Resultados recentes (MASSON, 2009a) mostram que certas variedades de uvas provençais (Tibouren, Grenache, Cinsaut) conhecidas por produzirem vinhos rosés com tonalidade laranja possuem altos níveis de ácidos hidroxicinâmicos e baixos níveis de glutationa. Esta composição particular gera mecanismos de oxidação intensos e fenómenos de escurecimento em mostos e vinhos.
– Terroir de origem: Os países e regiões franceses estudados apresentam diferentes solos e climas que dão origem às uvas e, posteriormente, a vinhos de composição variada. Numa mesma região vitícola, na mesma área de produção ou no mesmo município, “micro-terroirs” com diferentes condições edafoclimáticas podem originar diferentes estilos de vinho rosé.Um experimento original realizado na Provence forneceu evidências objetivas para essas observações de campo. Catorze parcelas de Cinsaut e 14 parcelas de Grenache selecionadas de vários terroirs de “Côtes de Provence” e “Coteaux Varois en Provence” foram objeto de métodos de gestão de videiras e vinificação experimental padronizada durante 4 anos. Os resultados analíticos dos vinhos assim obtidos revelam uma forte variabilidade da composição entre os vinhos Rosés analisados tanto ao nível físico-químico como sensorial. A cor foi elemento mais visível.
– Amadurecimento das uvas: O teor de compostos fenólicos, nomeadamente antocianinas, moléculas responsáveis pela cor vermelha das uvas e dos vinhos, aumenta durante a maturação. O vinho rosé, em idênticas condições de vinificação, apresenta uma cor tanto mais intensa à medida que a vindima é realizada em períodos distintos.
– Outras fontes de variabilidade: A vindima e as suas condições meteorológicas sempre específicas trouxeram mudanças significativas. A regra geral é que quanto mais seco e quente o ano, mais coloridos são os vinhos e as uvas. Por outro lado, quanto mais frio e chuvoso, menos coloridos são os vinhos. O rendimento agronômico também é um fator de variação significativo. A concentração de compostos corantes é tanto maior quanto menor for a carga sobre as vinhas.
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Até a próxima taça, Keli Bergamo
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