Jancis Robinson sabiamente diz que se você aprender a cheirar seu vinho e sua comida estará, no mínimo, duplicando seu prazer. Eu concordo.Quando estamos resfriados, congestionados, as coisas não tem sabor, certo? Isso porque nossos sentidos funcionam em conjunto e quando alinhados, tornam tudo divinamente prazeroso.
A degustação dos vinhos, em especial, está intimamente ligava ao olfato e é parte essencial para a compreensão de tudo que o rótulo escolhido pode lhe proporcionar.
Identificar aromas exige treino, um pouco de atenção e, principalmente, o desejo de degustar e não apenar tomar o vinho.
Como treinar? Nosso olfato se aprimora com nossas memórias e para isso é importante manter o narizinho sempre em forma. Cheirar os pratos, cheirar flores, a chuva, as hortaliças na feira… Experiências simples mas que a correria do dia a dia nos faz deixar de lado.
Para facilitar a identificação dos aromas e como modo a estimular esse exercício diário fizemos esses dias na confraria Quintas de Vinho uma mesa de aromas com cerca de 60 itens que iam desde pedras até flores. Escolhemos 4 vinhos: um sauvignon blanc, um chardonnay, um merlot e um cabernet sauvignon e a brincadeira foi muito proveitosa.
Degustando às cegas as meninas conseguiram identificar com facilidade os aromas primários de cada casta em suas taças, comprovando que o estímulo dado e principalmente o despertar das memórias ajuda a melhor compreender o que se degusta.
Sobre os aromas, aliás, vale lembrar que os primários são os que se originam das uvas com as quais o vinho foi feito, os secundários são os aromas que a bebida adquiriu com a fermentação ou no contato com barricas e os terciários são os que nascem do estágio do vinho na pipa ou na garrafa. Nada do que é encontrado em bons vinhos é adicionado quimicamente.
Na foto nossa mesa linda com o kit de degustação da Mundo Wine (www.mundowine.com.br) para servir de inspiração a vocês.