Em 2019 publiquei aqui sobre a autorização para testes com a inclusão de 7 novas castas na região de Bordeaux pelo comitê de produtores (o post está nos stories).
Ainda estava pendente a análise do INAO (Institut National de l’Origine et de la Qualité), órgão que controla as AOCs e padrões de qualidade dos vinhos franceses.
Agora a aprovação é definitiva, porém com 6 das 7 inicialmente propostas.
Por curiosidade, a princípio os testes foram feitos com 52 castas!
A decisão surpreendeu pela agilidade, mostrando que a necessidade é iminente em razão do aquecimento global.
São as autorizadas:
Brancas: Alvarinho, e Liliorila. Até então eram permitidas somente Semillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle.
Tintas: Touriga Nacional, Marselan, Castets e Arinarnoa. Até então eram permitidas: Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot, Malbec e Carménère.
Os benefícios das novas uvas vão desde uma resistência natural relativamente boa a doenças específicas, como podridão cinzenta e míldio, até uma capacidade comprovada de lidar com condições mais quentes.
A aprovação para utilização destas castas valerá apenas para as categorias Bordeaux e Bordeaux Supérieur e haverá limitação da quantidade de cada nova uva no corte e o número de garrafas que poderão ser produzidas. As novas uvas poderiam constituir até 10% do blend final, mas apenas 5% da área de vinha de um produtor. Se a aprovação final for dada, os plantios podem começar na temporada 2020/21, disse o Le Syndicat Viticole des AOC Bordeaux & Bordeaux Supérieur. Bordeaux e Bordeaux Supérieur representam 55% da área de vinhedos de Bordeaux, produzindo 384 milhões de garrafas de vinho por ano, de acordo com o órgão sindical para as denominações.
Até a próxima taça, Keli Bergamo